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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

AS MULHERES DE NOSSAS VIDAS


Plinio Montagner

Mulher e amor são as fontes mais cantadas em prosa e verso que retratam a felicidade do homem. Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, define que o sucesso é ser feliz. Seriam então a mulheres e o amor os agentes responsáveis pelo sucesso dos homens. E o dinheiro? A saúde?
É certo que dinheiro não traz felicidade, mas também é certo que ficar sem ele demora bem mais para abraçarmos a paz.
É isso - tudo que é demais atrapalha, dá trabalho e não sustenta felicidade de ninguém. Posses, prestígio, poder, muito pouco ajuda se o corpo e a mente não estiverem bem.
Sucesso é alegria, é felicidade, é amar e ser amado, ter amigos, um bom emprego, a boa música, o bom livro, rir, o olhar de uma criança, uma piada, um bom papo. Tudo é barato e de graça. O que é comprado, mesmo o amor, tem curto prazo de validade.
Dizem os filósofos que felicidade não se procura nem se compra, e quem a procura, corre atrás do vento.  Dizem ainda que o amor brota de certa química entre as pessoas, e de repente, sem se perceber.
Há de ser ressalvado que existem amores tão fortes e egoístas que prendem e não libertam o outro nem depois de passada a turbulência da paixão.
Bens materiais são uma ilusão da felicidade, que é um bem interior, seja individual, seja compartilhado. Quanto à riqueza e às posses, há ricos emergentes que consideram a ostentação o meio correto de obter prestígio e notabilidade, e não percebem que esses bens só servem para esnobar em vez da satisfação de um desacostumado conforto.
Afetos são bens que não podem ser roubados, não enferrujam, não têm prazos de validade, mas que acalentam a alma para sempre. Que amores e bens eternos são esses?
O primeiro é o materno. Amor de mãe é o amor maior. Dizer que é inesquecível é redundância; ele é natural pela genética; mãe ama com o coração, não com a razão.
 Amor de irmãs é outro sentimento maravilhoso; algumas são nossas segundas mães. Tenho uma irmã, mais velha. Lembro-me de seus zelos e carinhos e o que ela representou em minha vida.
Outros afetos duradouros são os das tias, das madrinhas, das primeiras professoras, dos romances e das namoradas. Essas relações protagonizam personagens de doces afetos.
Os afetos de amigas também são inesquecíveis. São ombros a conter lágrimas de aflições.
Avós? Ah! A dedicação de uma avó extrapola limites e até incita ciúmes nas filhas, noras e genros. Elas são carinho, bondade, ternura. Não gritam, falam com suavidade, não ficam bravas, não ameaçam, não deduram, são cúmplices, omitem, encobertam, dão chocolate escondido...
É por isso em toda redação escolar as crianças mencionam passeios na casa da avó durante as férias. A atenção aos netos ganha disparado da dedicação e do apego que não puderam dar aos próprios filhos.
E o amor de filhas? De netas? Quem as tem sabe como são adoráveis, dedicadas e atenciosas.
E a esposa?  É a mulher estrela maior da vida do homem, a mais notável mediadora na harmonia no lar. Não há parâmetros do tipo mais ou menos. É a rainha do lar, e uma ternura diferente porque foi escolhida pelo coração. Esposa não aparece na vida do homem como consequência consanguínea, enquanto os parentes são decorrências, não são escolhidos. O amor a ela dedicado é único, insubstituível.
Não há como contestar. A felicidade dos homens está nas mãos das mulheres - e acabou o assunto. Nós, homens, somos seus eternos súditos. A elas estamos vinculados e presos. Uma deliciosa prisão. Casa sem mulher é uma morada sem vida, uma caverna sem luz, sem vozes, sem alegria. Só sombras.
Cruz e Souza, poeta, é dele essa citação: Um lar é coisa que não se compra; pode-se comprar uma casa, mas só uma mulher pode fazer dela um lar.





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