As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

domingo, 7 de março de 2010

Essas mulheres maravilhosas e suas bolsas mágicas

Essas mulheres maravilhosas e suas bolsas mágicas
Ivana Maria França de Negri

Verdadeira caixa de Pandora, guarda em seu interior mistérios e segredos inimagináveis...
Nessa cartola encantada, cabem bilhetes de amor, poemas, fotografias, receitas culinárias, celular, bandaid, lixa de unha, pinça, aspirina, escova, pente, presilhas, elástico de cabelo, molho de chaves, carteira, porta-moedas, calculadora, alfinete de segurança, lencinhos de papel, caneta, calendário, absorventes íntimos, óculos de sol e de grau, tesourinha desmontável e barrinhas de cereais. Muitas levam chupeta de criança e até mamadeira. Balas de hortelã e chicletes também não podem faltar numa bolsa que se preze.
Tudo isso, e muito mais, cabe nesse acessório feminino indispensável. Além, é claro, dos documentos obrigatórios como carteira de motorista, identidade, CPF, cartões de crédito, de supermercado, talão de cheques, carteira do plano de saúde e cartão de telefone.
A bolsa de uma mulher pode ser pequena, grande, colorida, com alças compridas ou alcinha de mão, cheia de lantejoulas e bordados ou discreta. Pode ser de grife famosa ou de lona gasta de caminhão. De seda ou de palha, rústica ou de verniz.
Também não pode faltar dentro dela um perfume em embalagem que não derrama, e obrigatoriamente, um batom.
Sempre é bom ter à mão uma agendinha com telefone do médico, do dentista, dos amigos, do advogado e do mecânico para alguma emergência.
Se por acaso algum ladrão roubar a bolsa de uma mulher, meu Deus! Lá se vai a sua identidade, e parece que sua própria alma estava guardada lá dentro. Sem sua bolsa, a mulher sente-se nua, capenga, falta-lhe alguma coisa.
Eu sempre digo que sem minha bolsa eu não sou eu...Faz parte de mim e fico perdida sem ela.
Aquelas pochetes pequenas de festa, em cujo interior não cabe quase nada, acabam abrigando em seu bojo lembrancinhas de aniversário, docinhos diversos e bem-casados de casamentos. Tudo bem apertadinho lá dentro, junto com o batom, lencinho, e a caixinha de maquiagem, itens obrigatórios para os retoques. E vão ao toalete feminino, junto com suas donas, de quando em quando, durante a festa..
Mulher nunca anda de mãos abanando. Carrega o filho no útero, carrega-o depois nos braços, carrega as compras do supermercado, a mochila das crianças, carrega nos ombros o peso do mundo, e a alma em suas bolsas...
Esta crônica surgiu durante uma das reuniões do Golp, nosso grupo literário, inspirada na minha amiga Elda, que chegou atrasada porque havia esquecido a bolsa e voltou à sua casa para buscá-la.
Fiquei pensando: como é possível os homens viverem sem bolsas? Onde guardam seus sonhos, seus segredos, e os apetrechos para suas necessidades básicas? Mistério...

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